quinta-feira, 24 de abril de 2008

POLÍTICA IRAQUIANA
Abdel Aziz al Hakim

Líder do Supremo Conselho para a Revolução Islâmica no Iraque, um dos principais partidos políticos xiitas, Al Hakim é o principal político xiita.

Como o aiatolá Ali al Sistani, uma das mais importantes figuras religiosas no Iraque hoje, ele diz que as eleições devem ser realizadas, apesar da violência dos rebeldes sunitas, que tentam interromper o processo eleitoral.

O Supremo Conselho tem o apoio do governo americano desde o início da Guerra no Iraque. Al Hakim tem liderado o partido desde a morte do seu irmão, o aiatolá Mohammed Baqer al Hakim, em agosto de 2003.

Adnan Pachachi

Político sunita, Adnan Pachachi quer que as eleições sejam adiadas por seis meses, e diz que a intimidação e a violência sunita no Iraque podem produzir um resultado fraudulento.

Ele teme que haja pouco comparecimento às urnas, principalmente em relação à minoria sunita, que compõe 20% da população do país. A falta de legitimidade nas eleições, para ele, pode precipitar o Iraque a uma guerra civil.

Pachachi já foi ministro das Relações Exteriores em 1960, antes que o partido de Saddam, o Baath, chegasse ao poder. Ele planeja contestar os resultados das eleições.

Ahmad Chalabi

Chalabi era aliado xiita dos Estados Unidos e foi desmoralizado junto com os americanos por ter passado informações equivocadas sobre a existência de armas de destruição em massa --que nunca foram encontradas no país.

Chalabi mantém estreitas relações com o aiatolá Ali al Sistani e o clérigo radical xiita Moqtada al Sadr.

Líder do Congresso Nacional, alinhou suas diretrizes políticas às que são pregadas pelos principais partidos xiitas religiosos, que terão, segundo analistas, a maioria na Assembléia Nacional.

Opositor ferrenho do ministro da Defesa iraquiano, Hazem Shaalan, Chalabi afirma que o Ministério da Defesa desviou cerca de US$ 500 milhões que eram destinados à compra de armas para os membros das forças iraquianas.

Ali al Sistani

O aiatolá Ali al Sistani tem sido a voz de liderança religiosa moderada no Iraque, e exerce muita influência na política iraquiana.

Tradicionalista, tem apoiado as ações americanas no Iraque, e dá suporte à realização das eleições, que são vistas pelos xiitas --maioria da população iraquiana, cerca de 60%-- como a melhor forma de retomar o poder, depois de anos de repressão do governo de Saddam Hussein.

Al Sistani ficou distante da política durante a época de Saddam, mas depois da queda do ex-ditador, ele se tornou um político de centro.

Hussain al Shahristani

Cientista nuclear torturado por desafiar Saddam, Al Shahristani lidera um bloco dentro da coalizão de partidos xiitas, a Aliança dos Iraquianos Unidos, que tem Al Sistani como mentor.

Al Shahristani, que ajudou a escolher os nomes dos candidatos da coalizão no ano passado, foi cotado para ser primeiro-ministro interino no Iraque, mas o governo americano acabou por escolher Iyad Allawi.

Devoto xiita que luta por um Estado secular [separado da religião], Al Shahristani foi muito criticado pelo ministro da Defesa interino iraquiano, Hazim al Shaalan, por seu suposto relacionamento com as autoridades iranianas.

Ibrahim Jaafari

Jafaari ocupa o cargo de vice-presidente no governo interino, e tem freqüentemente criticado as ações militares americanas contra os iraquianos. Ele também é líder do Partido Dawa, xiita.

Médico, opõe-se também ao clérigo xiita Moqtada al Sadr e a outros dissidentes políticos.

O Partido Dawa já foi muito perseguido por Saddam, e tomou parte da transição política realizada pelo governo americano no Iraque. Jaafari endossa a lista de políticos que apóiam as eleições.

Iyad Allawi

Apontado como primeiro-ministro interino um mês antes que o Iraque tivesse sua "soberania" novamente decretada pelo governo americano, em 28 de junho de 2004, Iyad Allawi construiu a reputação de um homem duro que suporta pouca oposição.

Allawi já pertenceu ao Partido Baath [de Saddam] e contou com a ajuda da CIA [inteligência americana] e da inteligência britânica. Por conta de suas ligações com os governos do Ocidente, ainda precisar provar aos iraquianos que não é somente um “aliado dos americanos”.

O perfil público de Allawi tem melhorado e, mesmo que os partidos políticos com que fez aliança não vençam, os políticos xiitas têm um consenso de que ele deve ser mantido em seu cargo.

Jalal Talabani

Talabani é socialista, apóia a criação de uma política secular no Iraque, e é líder da União Patriótica do Curdistão. Apesar dos conflitos entre os dois partidos do Curdistão, são aliados nas eleições.

Talabani começou como tenente do pai de Massoud Barzani [que é hoje o líder do Partido Democrático do Curdistão], o mulá Mustafa Barzani, patriarca do nacionalismo curdo-iraquiano e fundador do Partido Democrático do Curdistão, que se dividiu em dois em 1975.

Massoud Barzani

Líder do Partido Democrático do Curdistão, Barzani quer garantir que a nova Constituição iraquiana dê autonomia ao Curdistão, no norte.

Rebeldes do partido lutaram ao lado das tropas americanas na Guerra do Iraque, por causa da brutal repressão de Saddam contra os curdos.

Moqtada al Sadr

O clérigo radical xiita Moqtada al Sadr fez duas revoltas contra a ocupação americana no Iraque. Seu grupo, o Exército de Mahdi, é baseado no bairro de Sadr City, na periferia de Bagdá, e aderiu a uma trégua no ano passado.

O clérigo, bastante carismático, não tem endossado nenhum partido político nas eleições, mas alguns de seus seguidores concorrem como independentes.

Al Sadr aproveitou do prestígio do seu pai, o aiatolá Mohammed Sadeq al Sadr, que foi morto em 1999.

Um comentário:

Israel disse...

nooooosa

quanta gente

XD

tudo isso governa?

flw